O primeiro módulo do curso de formação” Implementação do Novo Programa de Português para o Ensino Básico” ocorreu na Escola Básica e Secundária de S. Roque do Pico entre os dias 15 e 16 de Outubro. Sentia-me nervosa pois não tinha muitas informações sobre a acção e algo me dizia que havia muito trabalho a fazer ao longo deste ano lectivo, mas fiquei deveras preocupada, perante a exigência da avaliação e necessidade de fazer um e-portefólio, quando não possuo qualquer conhecimento nessa área. Contudo sou uma pessoa empenhada e considero que com esforço e vontade tudo se ultrapassa, pelo que estou confiante que acabarei por ultrapassar essa lacuna, o que contribuirá para o meu enriquecimento pessoal.Numa primeira fase, os formadores deram a conhecer a contextualização do programa, fundamentos e conceitos-chave e posteriormente, através da realização de trabalhos de grupo e partilha de opiniões ficámos a conhecer a organização programática do mesmo.
Tive especial interesse pelo contexto em que surgiu o Novo Programa, especialmente pela análise dos Estudos PISA e estudos promovidos pela DGIDC, uma vez que me permitiram reflectir sobre as práticas pedagógicas em vigor, incluindo as minhas, comprovando que é necessário mudar as práticas lectivas, não basta transmitir é necessário conduzir os alunos a práticas reflexivas e de mobilização dos saberes. Penso que esta formação terá um contributo decisivo nessa mudança, não só porque a metodologia de trabalho utilizada, a troca de experiências e partilha de saberes, nos permitirão crescer, como também, espero eu, se aprendam novas metodologias do ensino da língua.
No que respeita ao Programa em si, destaco a importância da compilação num só documento de todos os documentos orientadores da nossa prática lectiva, o que em muito facilitará o trabalho do professor; do princípio da transversalidade da língua e reconhecimento de que da fluência da mesma depende o sucesso escolar dos alunos, que permitirá envolver, de alguma forma, os docentes de outras áreas disciplinares, no ensino do português padrão e a valorização da língua enquanto património cultural.
Há ainda a realçar, a articulação entre os três ciclos, numa perspectiva de progressão e complexificação, a importância dada ao professor que assume o papel de gestor do currículo, podendo adaptá-lo em função das suas turmas, do Projecto Educativo de Escola e do Projecto Curricular de Turma e a importância dada à utilização do recurso das TIC e da Biblioteca Escolar como potenciadores do desenvolvimento de todas as competências.
Numa segunda fase destacou-se a importância das competências da oralidade (Compreensão do Oral e Expressão Oral) e da necessidade de serem trabalhadas de forma explícita na sala de aula. A Expressão Oral não pode reduzir-se ao diálogo espontâneo , mas à semelhança de outras competências, necessita de um espaço próprio para ser trabalhada, devendo proceder-se à planificação das intervenções e posterior avaliação.
São Roque do Pico, 30 de Outubro de 2009
